O União Brasil e o PP estão prestes a anunciar um “rompimento institucional” com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O anúncio oficial está previsto para as 16h30 desta terça-feira, e a expectativa é que os partidos entreguem os comandos dos Ministérios do Turismo e do Esporte. Caso os atuais ministros, Celso Sabino e André Fufuca, decidam ficar no governo, podem ser expulsos de seus partidos.
Apesar do anúncio, o rompimento é considerado “parcial” por interlocutores das legendas. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deve manter o controle da Caixa Econômica Federal. O acordo é visto como uma concessão pessoal a ele e não será afetado pela saída formal do PP do governo.
A situação é semelhante no União Brasil. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), deve continuar com o comando dos Ministérios das Comunicações e da Integração e do Desenvolvimento Regional. Por isso, membros do governo brincam que a saída dos partidos é um “término de Schrödinger”, pois eles estariam, ao mesmo tempo, na oposição e na situação.
Apoio à anistia
Representantes dos partidos também informam que a federação pode anunciar apoio ao projeto de anistia para os réus do 8 de janeiro. Essa seria uma sinalização do União Brasil e do PP ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).