O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou neste domingo (2/11) que o líder venezuelano Nicolás Maduro “está com os dias contados” à frente do governo da Venezuela. A afirmação foi feita durante entrevista à CBS News, em meio à crescente escalada de tensões entre Washington e Caracas.
O pronunciamento ocorre após o governo norte-americano autorizar ações letais da CIA em território venezuelano e intensificar bombardeios a embarcações no Caribe, sob a justificativa de combater o narcotráfico na região.
“Eles (Venezuela) têm nos tratado muito mal, não apenas em relação às drogas. Eles despejaram centenas de milhares de pessoas em nosso país que não queríamos — pessoas vindas de prisões. Esvaziaram suas prisões em nosso país”, afirmou Trump. Questionado se Maduro está prestes a deixar o poder, respondeu: “Eu diria que sim. Acho que sim.”
A declaração veio poucos dias depois de o Departamento de Guerra dos EUA confirmar o envio do Gerald R. Ford Carrier Strike Group — o maior porta-aviões em operação no mundo — para o Caribe, próximo às costas venezuelanas. A embarcação se junta a uma frota de navios de guerra estacionada em Porto Rico, ampliando a presença militar norte-americana na região.
Desde agosto, os Estados Unidos têm conduzido ofensivas navais com apoio de caças F-35, lançando mísseis e bombardeando embarcações que trafegam no Caribe e no Oceano Pacífico. A Casa Branca sustenta que as operações fazem parte de uma campanha contra o narcotráfico.
Até o momento, 50 pessoas morreram durante os ataques, e o governo norte-americano afirma que todas eram “narcoterroristas”. No entanto, nenhuma prova concreta foi apresentada que comprove o envolvimento das vítimas com atividades criminosas.













