Em meio às chuvas intensas que atingiram Maceió nos últimos dias, um drama silencioso se desenrola longe dos holofotes da cidade. No bairro Riacho Doce, o abrigo Recanto do Faísca, lar de mais de 130 animais resgatados, teve sua estrutura praticamente destruída, colocando cães e gatos em risco de abandono, fome e doenças.
A responsável pelo abrigo, a protetora Elza Sarmento, ainda tenta juntar forças para lidar com os estragos. “O telhado cedeu, a lama invadiu os espaços onde eles dormiam. Árvores caíram sobre os canis. Muitos fugiram com medo e ainda não voltaram. Outros, sem opção, estão aqui comigo, dentro de casa, mas o espaço é mínimo”, conta Elza, visivelmente abalada.
O Recanto do Faísca sempre foi sustentado com doações e muito esforço pessoal, mas a tragédia das últimas chuvas escancarou a fragilidade da estrutura. A conta agora não se limita aos reparos: são dezenas de bocas famintas que precisam de cuidados urgentes. Elza calcula que são necessários pelo menos 25 kg de ração por dia só para uma refeição dos cães. Se for possível alimentar duas vezes, o consumo dobra. Os gatos também demandam cerca de 25 kg de ração por semana.
Apesar das dificuldades, a protetora não pensa em desistir. Seu apelo é direto: “Precisamos de tudo. Ração, materiais de construção, toalhas, lençóis, medicamentos… qualquer ajuda pode significar a diferença entre a vida e a morte para esses animais”.
Quem quiser apoiar a reconstrução do abrigo pode procurar o perfil @recantodofaisca no Instagram, onde estão disponíveis atualizações sobre a situação e formas de doar. Doações em dinheiro podem ser feitas via Pix para o número (82) 99839-0167, que também está na biografia do perfil.
Em tempos de crise, pequenas ações podem transformar realidades. O Recanto do Faísca resiste — com coragem, esperança e a ajuda de quem acredita que toda vida importa.