O sucesso do momento nos comitês de campanha é o chamado Tracking Eleitoral, que não é nada mais nada menos do que uma pesquisa diária, aleatória, por telefone, com eleitores de uma localidade.
Serve otimamente para guiar os candidatos e seus marqueteiros sobre o que dá certo e o que não dá na propaganda eleitoral.
Em alguns casos, é verdade, serve de sinal de alerta para uma candidatura, quando ela começa a ruir.
Mas, como sói acontecer, o tracking virou o pega-trouxa dessa campanha (em outras, era usado de forma mais parcimoniosa) – e pega mesmo.
Cada um dos comitês eleitorais apresenta os números que lhe convém, sem precisar detalhar nada: “No nosso tracking deu tanto de vantagem para o candidato tal” – e lá vai mentira.
Ontem, duas campanhas me “apresentaram” os seus números – cada um com “seis pontos de vantagem” sobre o outro.
Imagine uma pesquisa eleitoral com doze pontos percentual de margem de erro.
É de chamar polícia e médico.
Eles apresentam o se tracking como se se dissessem:
“Vai, Zé Mané, acredite se quiser”.
E quem quer, acredita.
Em tempo:
Que pena o Datafolha não passar por aqui.
Fonte – Blog do Ricardo Mota