Em audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado, a senadora Damares Alves (Republicanos) declarou que o ministro do STF, Alexandre de Moraes, “tinha que ser preso hoje”. A afirmação veio após o depoimento de Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE.
Tagliaferro acusou Moraes de suposta fraude processual. Segundo ele, uma operação de busca e apreensão contra empresários apoiadores de Jair Bolsonaro, em agosto de 2022, teria sido baseada inicialmente em uma reportagem. A fundamentação jurídica para a operação só teria sido anexada dias depois, com data retroativa.
Com base nessa denúncia, a senadora Damares Alves disparou contra o ministro: “Aquele julgamento está contaminado, as provas estão contaminadas. Qualquer estudante de direito sabe que tem que interromper aquele julgamento hoje. Pessoas foram acusadas, buscas e apreensões foram feitas, pessoas foram presas com provas falsas, provas forjadas por um magistrado. Esse magistrado tinha que ser preso hoje.”
A senadora também cobrou uma atitude do presidente do STF, Luís Roberto Barroso. Ela pediu que ele interrompa o julgamento e analise as acusações. “O Brasil precisa ver o que nós estamos vendo aqui. Barroso tem que ter acesso a esse material hoje e tem que tomar uma providência”, disse.
No final de sua fala, Damares cobrou uma reação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), questionando o papel da Casa diante das denúncias. “Que raio de Senado nós somos depois de tudo isso aqui se a gente não fizer nada ainda hoje”, finalizou a senadora.













