Nos bastidores, vários nomes despontam para a disputa da sucessão de Renan Filho em 2022. A maioria depende apenas de si ou do “cenário” para concorrer ao cargo mais desejado da política alagoana.
É o caso por exemplo do senador Rodrigo Cunha. Tem mais seis anos de mandato pela frente e pode ser candidato sem nenhum prejuízo. Alguns deputados citados como potenciais candidatos colocariam apenas em risco a reeleição. Este seria o caso dos deputados Marcelo Victor, Paulo Dantas, Davi Davino Filho, Marx Beltrão e Isnaldo Bulhões.
Outros não teriam nada a perder. Literalmente. Nessa categoria cabem secretários de Estado. No time de Renan Filho, alguns se destacam como potenciais candidatos. Alexandre Ayres, Alfredo Gaspar de Mendonça, Fábio Farias, George Santoro e Rafael Brito podem concorrer ao governo ou qualquer outro cargo e o risco seria ganhar.
A situação do prefeito de Pilar, Renato Filho, atual presidente do PSC em Alagoas, é um pouco mais complicada. Renatinho tem dito a vários interlocutores – inclusive alguns empresários que estão levando nossos empreendimentos no seu município que será candidato ao governo.
Renato enfrenta agora um problema parecido com o do governador, mas por razões diferentes. A sua vice-prefeita, Ivanilda Rodrigues, perdeu o prazo da posse e o cargo está vago.
O plano do prefeito – e ele nunca escondeu isso de ninguém – sempre foi de dar um passo mais largo em 2022. E o lugar que ele quer é de Renan Filho. Essa teria sido uma das razões para trocar o vice-prefeito na reeleição.
O problema é que o prefeito não conseguiu eleger a mesa diretora da Câmara de Vereadores – o seu preferido era o vereador Clewinho Cavalcante, atual secretário de Educação do Município. E o atual presidente do Legislativo, Tayronne Henrique dos Santos, cumprindo o que diz a Constituição, resolveu declarar o cargo vago esta semana.
A decisão será judicializada, avisa a prefeitura de Pilar. Mas até que se resolva essa situação, Renatinho terá que adiar os planos. É isso ou vai entregar a prefeitura que tem a maior arrecadação per capita de ICMS de Alagoas ao presidente da Câmara de Vereadores.
Em outras palavras, Renato vive um drama parecido com o de Renan Filho. Decidir se fica no cargo até o final do mandato ou se deixa a gestão para outro grupo. Mas essa é outra história.
Entenda o caso
A vice-prefeita, Ivanilda Rodrigues (PSDB) protocolou o seu pedido de posse na Câmara Municipal de Pilar somente no dia 22 de fevereiro. A posse deveria rer sido realizada no dia 1º de janeiro. Alegando que estava doente, Ivanilda deu entrada com um atestado médico com dez dias de afastamento.
Depois disso ela não apareceu com mais nenhuma documentação, até o pedido. O cargo foi de vice-prefeito do Pilar foi declarado vago nessa terça-feira (2) pelo presidente da Câmara de Vereadores da cidade. Tayronne Henrique dos Santos. alega que a eleita para o cargo não tomou posse em 1º de janeiro deste ano por estar com Covid-19, mas só requereu a posse no último dia 22 de fevereiro.
O vereador explica que o atestado médico daria seis dias de afastamento das atividades profissionais. Segundo o parlamentar, a eleita tinha 10 dias após o fim do atestado para se apresentar à Câmara. Ao fundamentar a decisão, o presidente do Legislativo Municipal diz que “navegando pelas redes sociais da interessada, visualizamos que a mesma estava plenamente ativa, participando de eventos e visitas oficiais, inclusive representando o prefeito- como se empossada fosse- visitando escolas, participando de aglomerações, acompanhada de agentes públicos e pessoas do povo”. O parlamentar cita ainda as datas em que foram publicadas tais imagens: 16 de janeiro, 1° de fevereiro e 4 de fevereiro.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior