O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PSC) redirecionou sua mira essa semana.
Foram dois “disparos” com forte repercussão. Um no “marco dos corais” (antigo marco referencial). Outro no aumento da conta de água da BRK, autorizado pela Arsal.
As iniciativas do prefeito ganharam forte repercussão na mídia local.
Nos dois casos, o alvo foi o governador Renan Filho (MDB). E, claro, pode ser o começo de uma estratégia de enfrentamento, antecipando movimentos políticos de 2022.
Desta vez, no entanto, JHC trouxe o senador Rodrigo Cunha para a “briga”.
Embora não seja o seu principal estilo, o pré-candidato do PSDB as vezes rivaliza com o senador Renan Calheiros (MDB) e com o governador Renan Filho.
No episódio do aumento da conta de água, Rodrigo entrou na “briga”. Mas deu passo adiante. Foi a Agência Nacional das Águas acompanhado de JHC e do deputado federal Pedro Vilela (PSDB) pedir que a ANA “apure e adote medidas para barrar o aumento da tarifa de água na capital de Alagoas”.
A “carona” é passageira. E tudo aponta que o senador chame para si o embate mais direto com o governo de Renan Filho, numa clara demarcação de territórios. O senador será muito provavelmente o candidato de seu grupo ao governo e deve tentar se firmar como “o nome da oposição”.
Luz e água
Fora disso, inciativas para barrar aumentos que pesam no bolso do consumidor, são bem-vindas. Mas não deveriam, nem devem ficar, apenas no saneamento.
Em maio deste ano, a conta de luz ficou mais cara em Alagoas. O reajuste médio de 8,6% autorizado em abril pela ANEEL, passou a vigorar em maio.
Foi o segundo o segundo aumento desde que a Equatorial assumiu o controle da antiga Eletrobras. O primeiro teve efeito médio de 9,86% e saiu, com também aval da ANEEL, em abril de 2020 e vigorou entre junho do ano passado e abril deste ano.
Esta semana a Arsal aprovou reajuste de 8,085%, que começa a valer a partir de 1° de outubro, na conta de água para a região metropolitana de Maceió. O reajuste será aplicado em todas as categorias tarifárias e faixas de consumo, bem como em outros serviços prestados pela concessionária (BRK) e previstos no edital da concessão, tais como religação de água, regularização de cavalete, ligação de água e esgoto, entre outros.
Não custa lembrar. BRK e Equatorial não estão preocupadas com votos, opinião pública ou coisas do tipo. Para as empresas, energia, água e esgoto é um negócio – e precisa dar lucro para seus acionistas. Será difícil não só reverter esses aumentos, mas também outras contas controladas pelo setor público que pesam no bolso do consumidor. Gás, gasolina, diesel, energia.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior