O senador Renan Calheiros (MDB-AL) anunciou que pretende colocar em votação na próxima semana o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores com renda mensal de até R$ 5 mil. Segundo ele, o relatório da proposta está em fase final de elaboração e será apresentado após ajustes com o Ministério da Fazenda.
“O projeto do IR vai ser votado na semana que vem. Estamos ajustando as compensações com o Ministério da Fazenda para garantir o equilíbrio das contas públicas e justiça tributária”, afirmou o parlamentar após reunião com o ministro Fernando Haddad.
A expectativa é que o relatório seja encaminhado à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) ainda nesta semana, com votação no plenário do Senado prevista para a primeira semana de novembro. Renan pretende que as novas regras entrem em vigor já em 2026, beneficiando cerca de 15 milhões de trabalhadores.
“A isenção do IR até R$ 5 mil é uma conquista importante para quem vive do trabalho. Vamos assegurar que o benefício chegue à população sem comprometer as finanças públicas”, destacou.
Para compensar a perda de arrecadação gerada pela ampliação da faixa de isenção, o senador apresentou novas medidas fiscais, incluindo aumento da tributação sobre casas de apostas esportivas (“bets”) e novas taxações sobre o mercado financeiro, abrangendo lucros, dividendos e fundos de investimento, conforme informações de O Globo e Veja.
Com essas mudanças, Renan busca neutralizar as perdas da União, estados e municípios e garantir apoio político à proposta. Ele também indicou que fará ajustes no texto aprovado pela Câmara dos Deputados, com o objetivo de corrigir falhas e distorções sem necessidade de devolução aos deputados, o que deve agilizar a tramitação.
“O Senado vai entregar um projeto equilibrado, que isenta quem precisa e cobra de quem pode pagar mais. Estamos avançando para corrigir as distorções e garantir que estados e municípios sejam compensados pelas perdas de arrecadação”, declarou.
A articulação entre Renan e Haddad representa uma nova etapa na tramitação do projeto, reforçando o alinhamento entre o Senado e a equipe econômica do governo e consolidando o senador como principal articulador da proposta no Congresso.













