A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar o chamado “Escândalo do INSS”, envolvendo descontos indevidos bilionários em aposentadorias e pensões e vitimando milhões de brasileiros, inicia hoje seus trabalhos.
A primeira reunião da CPMI está prevista para começar às 11 horas da manhã desta quarta-feira, 20, com 30 membros titulares (15 senadores e 15 deputados federais) e 30 suplentes.
Dois parlamentares de Alagoas estão entre os titulares da comissão: o senador Renan Calheiros (MDB) e o deputado federal Alfredo Gaspar de Mendonça (União Brasil).
Ambos foram aliados políticos por alguns anos – Alfredo como Secretário de Segurança por duas vezes na gestão de Renan Calheiros Filho (MDB) quando governador de Alagoas – e até teve o apoio dos Calheiros na disputa pela Prefeitura de Maceió, em 2020, vencida por João Henrique Caldas (PL).
Desde então estão em campos opostos, com o deputado sendo oposição ao governo do Estado e ao governo federal, enquanto os Calheiros apoiam o governador Paulo Dantas (MDB) e o presidente Lula (PT).
Para a eleição do próximo, Renan pai é candidatíssimo à quinta reeleição seguida de senador e Renan Filho à terceira de governador, enquanto Alfredo Gaspar tem três opções: ir à reeleição na Câmara dos Deputados, concorrer a governador ou pleitear uma das duas vagas que estarão em disputa ao Senado.
A CPMI passa a ser, assim, a antecipação do palanque eleitoral de 2026, com o senador Renan buscando isentar de responsabilidade o governo federal no “Escândalo do INSS” e o deputado Alfredo defendendo uma apuração rigorosa para se chegar aos culpados.
Fonte – Blog do Flávio Gomes de Barros
