O processo de falência do Grupo João Lyra parece caminhar para uma guerra sem fim entre credores, advogados, administradores e herdeiros da massa falida, avaliada em R$ 4 bilhões.
Após o afastamento de vários gestores, denúncias de omissão, enriquecimento ilícito e dilapidação do bilionário patrimônio, surgem agora acusações de invasões e exploração ilegal de terras das usinas Guaxuma e Laginha.
Os maiores invasores seriam as usinas Coruripe e Seresta, além do prefeito Joaquim Beltrão, que teria se apossado de 10 mil hectares da Guaxuma. Sem falar na ocupação ilegal de áreas invadidas por sem-terra e fazendeiros da região.
Contra o prefeito de Coruripe também pesa o agravante de usar sua condição de representante de uma parte dos credores do Grupo João Lyra para ocupar as terras da Guaxuma e incentivar outros credores a invadir fazendas da massa falida.
Ao se permitir tais ilegalidades corre-se o risco de o processo falimentar descambar para atos de violência, com os mais fortes tentando fazer justiça com as próprias mãos, em prejuízo dos milhares de outros credores da massa falida. É muito interesse em jogo e pouco senso de justiça.
Com a palavra o Tribunal de Justiça de Alagoas, o Ministério Público Estadual e demais autoridades responsáveis pela aplicação da lei e do direito, antes que Alagoas vire terra sem lei.
Fonte – Extra