O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, elogiou nesta sexta-feira (7) o papel de destaque do Brasil na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA). Durante coletiva de imprensa na Zona Azul, ele afirmou que a atuação brasileira é “inspiradora” e reforça a importância de seguir os compromissos climáticos baseados na ciência.
“A liderança do Brasil não é apenas inspiradora, mas também nos lembra de algo essencial: o lado em que devemos estar — o da razão, da ciência e da esperança, e não o do negacionismo e do engano”, declarou Sánchez, que participa da Cúpula do Clima, evento preparatório para a COP30 que reúne chefes de Estado e representantes de mais de 70 países.
O líder espanhol destacou ainda a relevância do Acordo de Paris, firmado em 2015, e defendeu a retomada do espírito de cooperação que marcou aquele momento.
“Há dez anos o mundo assinou um pacto com o próprio futuro da humanidade. O Acordo de Paris continua sendo o melhor instrumento que temos para enfrentar a emergência climática de forma solidária e eficaz”, afirmou.
Sánchez também chamou atenção para os efeitos da crise climática na Espanha, mencionando enchentes, tempestades, incêndios e ondas de calor intensas. Segundo ele, os desastres naturais já causaram mais de 20 mil mortes no país nesta década.
“Neste verão, tivemos consequências dramáticas, como a tempestade DANA em Valência. Além das perdas humanas, há impactos econômicos e sociais profundos em setores vitais, como o turismo e o agronegócio”, disse.
Por fim, o presidente espanhol manifestou otimismo quanto aos resultados da COP30 e defendeu a importância do multilateralismo na construção de soluções conjuntas. Ele também demonstrou expectativa de que, sob a presidência brasileira, seja possível avançar nas negociações entre a União Europeia e o Mercosul.
“O que a Europa precisa fazer é abrir-se, criar pontes com outras sociedades e blocos regionais. Espero que, com a liderança do Brasil, possamos finalmente assinar esse importante acordo”, concluiu.













