Nessa terça-feira (5), ao comentar a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que “decisão judicial se cumpre”.
“Eu penso que o legítimo direito de defesa tem de ser respeitado, que é um direito de todos, mas que decisão judicial deve ser cumprida. E é isso que nós estamos vendo, a decisão do STF ser cumprida. Não cabe aqui, nem ao presidente da Câmara, nem a ninguém, estar comentando ou, na minha avaliação, tentando avaliar ou qualificar essa, ou aquela decisão. Há um processo, os advogados falam nos autos, o juiz da mesma forma, o que tem acontecido nesse processo inerente ao presidente Bolsonaro”, destacou Motta.
Ainda na terça-feira, o presidente da Câmara esteve na Paraíba cumprindo agenda, com retorno a Brasília previsto para a noite. Ao chegar, Hugo Motta deve discutir a postura da oposição no Legislativo.
Desde a manhã do mesmo dia, a oposição ocupa os plenários da Câmara e do Senado, dificultando a retomada das atividades no Congresso após o recesso informal.
O movimento busca pressionar pela votação de pautas como a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Na Câmara, deputados oposicionistas protestaram colocando fitas na boca e afirmaram que permanecerão na Mesa Diretora até que sejam votados projetos ligados à anistia e ao fim do foro privilegiado.
“Só sairemos daqui quando anistia e fim do foro forem votados”, publicou o deputado Sanderson (PL-RS) nas redes sociais.
Entre os participantes da ocupação no Senado estavam os senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Jorge Seif (PL-SC), Jaime Bagattoli (PL-RO), Izalci Lucas (PL-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES).