A Prefeitura de Maceió realizou, nesta quinta-feira (10), uma operação de realocação de famílias que viviam em situação de rua na Praça Sinimbu. As famílias em questão serão incluídas em um programa de trabalho da Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb).
A ação faz parte do Programa Praça é Massa e foi conduzida em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra), Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (Semsc), Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Primeira Infância e Segurança Alimentar (Semdes) e Secretaria Extraordinária do Bem-estar Animal (Sebema).
O Programa trata da manutenção e zeladoria de espaços públicos, e oferece remuneração equivalente a um salário mínimo, além de capacitação profissional e a oportunidade de reinserção social.
A iniciativa proporciona a essas pessoas a chance de cuidar das praças e ruas, enquanto recebem o apoio necessário para reconstruir suas vidas. A ação oferece oportunidades de capacitação e inclusão no mercado de trabalho para pessoas em situação de rua e residentes em abrigos. Cerca de 50 usuários já fizeram inscrição com o auxílio dos servidores dos Centros Pop.
O diretor-presidente da Alurb, Moacir Teófilo, destacou que o objetivo é garantir dignidade e gerar novas perspectivas para quem vive em situação de vulnerabilidade social.
“Queremos que essas pessoas tenham condições de conquistar independência e estabilidade, saindo das ruas e reconstruindo suas vidas com segurança e respeito. Durante 12 meses, eles serão capacitados para que possam voltar ao mercado de trabalho. Além do aluguel social, a Prefeitura se preocupou em dar a essas pessoas um caminho real de autonomia, para que consigam, com o tempo, caminhar com as próprias pernas”, explicou.
Segundo Moacir, os participantes receberão treinamento tanto teórico quanto prático em áreas como zeladoria, paisagismo e limpeza urbana. “Eles vão atuar nos próprios espaços públicos do município, que servirão como salas de aula práticas. Ou seja, enquanto aprendem, também prestam um serviço valioso à cidade”, esclareceu.
Em junho, a Semdes realizou o cadastro das famílias que estavam na Praça Sinimbu para inclusão em programas do município. Ao todo, 27 famílias já receberam a primeira e segunda parcela do auxílio-moradia. O benefício é válido por um ano, podendo ser prorrogado por mais um ano. A secretaria também entregou cestas básicas, colchões e kits de limpeza para auxiliá-los na nova moradia.
De acordo com Rafaelly Machado, representante nacional da população de rua, a ação contou com diálogo e negociação entre a Prefeitura e lideranças do movimento. Ela também contou que as famílias estão recebendo apoio.
“Além do trabalho, eles vão receber colchões, cestas básicas, kits de limpeza e higiene, para poderem começar suas vidas dentro das casas. Para nós, que fazemos parte do movimento, isso é inclusão social. É um marco histórico. Não conseguimos atingir todo mundo ainda, mas conseguimos dar uma resposta e diminuir a dor e o sofrimento dessa população que está aqui”, destacou.
Entre as pessoas beneficiadas está Renata da Silva Santos, 23 anos, grávida do quarto filho, que viveu sete anos nas ruas, ao lado do marido e das três filhas, uma delas autista. Para ela, a mudança é motivo de alívio e esperança.
“Esse momento é único pra gente, só de saber que posso botar minha cabeça no travesseiro tranquila, sem sofrer, sem medo. Antes, quando chovia, era difícil demais. Já perdi tudo. Agora tenho minha casinha, que alugamos com o dinheiro do auxílio, lá na Ponta Grossa, com banheiro, quartinho para as minhas filhas. Nunca pensei que fosse ter essa oportunidade. Hoje tenho esperança de dar uma vida melhor para elas”, contou Renata, emocionada.
Ela também comemorou a chance de ter renda fixa. “Agora posso comprar o botijão de gás para cozinhar, o ventilador para a minha filha dormir fresca. Antes, ninguém ajudava a gente. Agora, com esse curso e o trabalho, posso cuidar das minhas filhas com meu próprio dinheiro. É o melhor para nós”, completou.
Ela também comemorou a chance de ter renda fixa. “Agora posso comprar o botijão de gás para cozinhar, o ventilador para a minha filha dormir fresca. Antes, ninguém ajudava a gente. Agora, com esse curso e o trabalho, posso cuidar das minhas filhas com meu próprio dinheiro. É o melhor para nós”, completou.
