O secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Marcelo de Menezes, afirmou em coletiva nesta quarta-feira (29) que as forças especiais estabeleceram um cerco tático denominado “muro do Bope” para isolar integrantes do Comando Vermelho durante a operação nos complexos do Alemão e da Penha, considerada a mais letal da história fluminense.
De acordo com o comandante, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e de outras unidades avançaram pela Serra da Misericórdia, área de vegetação que conecta os dois complexos. A estratégia consistiu em pressionar os criminosos em direção à região de mata, onde policiais já se encontravam posicionados para bloquear rotas de fuga.
“Entramos pela mata e montamos um muro do Bope para cercar e impedir a movimentação dos criminosos”, declarou Menezes durante a explanação aos jornalistas.
A manobra tática teve como objetivo principal retirar os suspeitos de zonas residenciais, minimizando assim os riscos para a população civil. Conforme explicou o secretário, a resistência dos alvos ao cumprimento dos mandados judiciais foi o fator que desencadeou os confrontos com troca de tiros.
A operação de grande escala contou com o emprego de aeronaves, tropas especializadas e suporte de inteligência policial. As autoridades destacaram que a ação foi planejada durante aproximadamente 60 dias, com foco específico na desarticulação de lideranças do Comando Vermelho que, segundo investigações, utilizam a região como refúgio e coordenam atividades criminosas dentro e fora do estado.













