A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até as 20h34 desta sexta-feira (22) para se manifestar ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, sobre o relatório da Polícia Federal (PF) que aponta um “risco de fuga” do ex-mandatário.
A PF baseou sua suspeita em um documento encontrado no celular de Bolsonaro, que seria um rascunho de uma carta de asilo político endereçada ao presidente da Argentina, Javier Milei.
Alexandre de Moraes intimou a defesa por meio de um oficial de Justiça via WhatsApp, indicando que há indícios de que Bolsonaro desrespeitou as restrições impostas pela Corte. “Diante de todo o exposto, intime-se a defesa de Jair Messias Bolsonaro para que, no prazo de 48 horas, preste esclarecimentos sobre os reiterados descumprimentos das medidas cautelares”, diz um trecho da decisão do ministro.
Mais de 300 compartilhamentos
A PF afirma que, mesmo com as medidas cautelares, Bolsonaro tentou burlar as restrições ao compartilhar mais de 300 vezes, via WhatsApp, conteúdos da manifestação de 3 de agosto e vídeos sobre as sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a PF, o objetivo era usar as redes sociais de terceiros para tentar descumprir a ordem do STF. O relatório final da corporação indicia Bolsonaro e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, pelos crimes de coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.