No primeiro trimestre de 2024, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7,9%, um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao último trimestre de 2023, que fechou em 7,4%. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral. O IBGE apontou que a desocupação aumentou em 8 das 27 unidades da federação, mantendo-se estável em 18 e crescendo apenas no Amapá.
Apesar do aumento trimestral, a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 é menor que a do mesmo período de 2023, quando era de 8,8%. Isso mostra que, embora tenha havido um crescimento na taxa de desocupação em relação ao trimestre anterior, os indicadores do mercado de trabalho não foram invalidados quando se observa uma comparação anual. Esse dado é relevante para entender a dinâmica do mercado de trabalho no contexto anual.
A desigualdade de gênero no desemprego persiste, com a taxa para homens em 6,5% e para mulheres em 9,8%. Além disso, a informalidade continua alta, com 38,9% dos trabalhadores em condições informais no primeiro trimestre de 2024. Uma parcela significativa, 25,4%, trabalha por conta própria, sem as garantias previstas em lei. A taxa de empregados com carteira assinada no setor privado ficou em 73,9%, com variações significativas entre estados, sendo mais alta no Sul e Sudeste e mais baixa no Nordeste.
Em termos de renda, a população ocupada apresentou um leve aumento nos rendimentos médios habituais. No primeiro trimestre de 2024, o rendimento médio foi de R$ 3.123, comparado a R$ 3.077 no final de 2023 e R$ 3.004 no primeiro trimestre de 2023. Isso indica uma melhora no poder aquisitivo dos trabalhadores, apesar da estabilidade relativa nos números.