Nessa terça-feira (19), a Polícia Civil de Alagoas, por meio da Diretoria de Inteligência Policial (DINPOL), executou a Operação Lavagem Paulista, que resultou na desarticulação de um complexo esquema de lavagem de dinheiro vinculado a uma facção criminosa. Após dois anos de investigações minuciosas, três pessoas foram presas: duas em São Paulo e uma em Alagoas.
As investigações apontam que a facção criminosa movimentou mais de R$ 30 milhões, mantendo um estilo de vida luxuoso, com carros esportivos, imóveis de alto padrão, joias, lanchas, jet skis e viagens internacionais.
Em Alagoas, o delegado Thales Araújo, diretor da DINPOL, cumpriu a prisão do contador do grupo, apontado como o responsável por toda a movimentação financeira. De acordo com a polícia, ele era peça-chave em um esquema que utilizava empresas de fachada e laranjas para lavar dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
A Operação Lavagem Paulista teve como principal alvo um homem paulista, apontado como chefe da facção no Nordeste. Ele residia em Balneário Camboriú (SC) e possuía um apartamento de luxo em Embu das Artes (SP). Durante a prisão, os agentes apreenderam dois Porsches avaliados em mais de R$ 1 milhão cada e um carro blindado.
Em uma outra propriedade do investigado, também em Balneário Camboriú, a polícia encontrou uma porta blindada e confiscou roupas, bolsas e relógios de grife. A ação levou ainda à detenção da esposa do líder, que estava no local.
O delegado Thales Araújo avaliou que a detenção do contador e do líder da facção constitui um forte revés para a atuação do crime organizado.
“Estamos diante de um alvo de grande relevância: o contador que fazia toda a movimentação financeira desse braço do crime organizado”, afirmou.
A execução da Operação envolveu uma ação conjunta das Polícias Civis de Alagoas, São Paulo e Santa Catarina. Em Alagoas, a operação contou com o apoio do Tático Integrado de Grupos de Resgate Especial (Tigre/CORE). Em Santa Catarina, participaram da ação a Diretoria de Inteligência e a Delegacia de Navegantes, enquanto em São Paulo a força-tarefa incluiu o DEIC e a Delegacia de Roubo a Bancos.