Nas últimas semanas os números de novos casos confirmados e óbitos da Covid-19 em Alagoas voltaram a assustar. Após 15 semanas, a curva se inverteu. Desde 6 de dezembro o viés de alta trouxe o tema de volta às “manchetes” e levou o governo do Estado a endurecer medidas de isolamento social, limitando o horário de bares e restaurantes até a meia noite, além da proibição de música ao vivo em espaços fechados até 10 de janeiro de 2021.
Apesar do aumento de casos, não há risco iminente de colapso na rede estadual de saúde. Como medida preventiva, a Secretaria de Saúde do Estado ampliou o número de leitos exclusivos para a Covid-19 em mais de 25% esta semana. No dia 1o dezembro eram 508 exclusivos. Nesta terça-feira (29), esse número subiu para 643.De acordo com o boletim de ocupação da Sesau-AL, 267 ou 42% destes leitos estavam ocupados. A taxa de ocupação de UTIs era de 52%.
O secretário de Saúde, Alexandre Ayres, explica que a regulação de leitos ocorre de acordo com a demanda. “Ampliamos leitos na rede pública, principalmente no Hospital da Mulher e no Hospital Metropolitano. Se houver necessidade voltaremos a ampliar”, pondera.
Ayres avalia que a tendência no momento é de estabilidade no número de novos casos e óbitos de Covid-19 em Alagoas. Ele espera que as novas medidas e o aumento na fiscalização contribua para isso. “As pessoas precisam lembrar que o vírus continua circulando fortemente em Alagoas. É essencial que as regas do distanciamento social controlado sejam respeitadas”, afirma.
A preferência pela ampliação de leitos na rede pública, segundo Alexandre Ayres, se dá em função dos custos: “o leito na rede privada ou filantrópica tem maior custo para o Estado, mas não descartamos essa possibilidade, desde que exista necessidade, o que esperamos não ocorra”, aponta.
Redução
Alagoas já chegou a ter 1,4 mil leitos na rede pública e privada contratualizados pelo SUS no “pico” da pandemia, entre maio e junho. A redução se deu em função da queda no número de casos. “No Metropolitano, por exemplo, funcionamos durante o período inicial apenas com leitos para a Covid-19, depois liberamos parte dos leitos para a realização de cirurgias eletivas de outras enfermidades. Agora, com o aumento de casos esses leitos estão voltando a ser exclusivos para a Covid-19 na medida em que o número de casos está aumentando”, explica Ayres.
Segundo dados da Sesau-AL, no dia 1o de novembro, o Metropolitano tinha 130 leitos clínicos e 30 UTIs para Covid-19. No dia 1o de dezembro, eram apenas 10 e 12 respectivamente e nesta terça-feira, o número ficou em 80 clínicos e 30 UTIs.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior