A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) concluiu que o suposto desaparecimento de uma mulher grávida de gêmeos em Maceió não passou de uma farsa. Segundo a investigação, o caso mobilizou colegas de trabalho e gerou grande comoção nas redes sociais, mas na verdade se tratava de um golpe de estelionato para obter presentes e dinheiro.
O caso foi investigado pela Coordenação de Pessoas Desaparecidas da PCAL, sob comando do delegado Ronilson Medeiros, que detalhou o andamento das apurações nesta segunda-feira (27).
O alerta de desaparecimento foi emitido pela empresa onde a mulher trabalhava, no sábado (25), sob a suspeita de que ela estava grávida. No dia seguinte, ela reapareceu alegando ter perdido os gêmeos após uma picada de escorpião.
A Polícia Civil realizou buscas em maternidades e hospitais da capital, mas não encontrou nenhum registro de pré-natal, parto ou internação relacionados à mulher.
“Verificamos que ela nunca passou por acompanhamento pré-natal e não havia qualquer comprovação da gravidez”, explicou o delegado.
Durante a encenação, a suspeita participou de três chás de bebê, recebendo presentes e contribuições em dinheiro. Testemunhas chegaram a relatar que sua barriga parecia crescer ao longo dos meses, reforçando a farsa.
No domingo (26), a mulher foi levada ao Hospital da Mulher, onde afirmou ter perdido os gêmeos e guardado os restos mortais em sua bolsa — versão desmentida pelos médicos e pela investigação.
Com o inquérito concluído, a Polícia Civil confirmou que não houve desaparecimento nem gravidez, mas sim estelionato. A mulher foi encaminhada a um hospital psiquiátrico e, posteriormente, liberada. O delegado orientou que todas as pessoas que foram enganadas registrem boletim de ocorrência para que sejam tomadas as medidas legais cabíveis.
“Orientamos todas as pessoas que foram enganadas pela suspeita a registrarem boletim de ocorrência em qualquer delegacia para que as medidas legais sejam adotadas”, reforçou o delegado Ronilson Medeiros.













