Foi em abril de 2008, quando Lira estava afastado da Assembleia por determinação do desembargador Antônio Sapucaia – juntamente com os demais deputados da Mesa Diretora da Casa envolvidos na Operação Taturana.
O motivo do decreto de prisão, em 1º de abril daquele ano, assinado pelo também desembargador Orlando Manso, foi outro: Lira teria se negado a receber uma intimação de um oficial de justiça.
O caso: acusação de violência doméstica (uma história com vários finais, já).
Por 14 votos a zero, os deputados, no mesmo dia, decidiram relaxar a prisão do hoje presidente da Câmara Federal.
Lira chegou a prestar depoimento ao delegado-geral da PC, Marcílio Barenco, e garantiu que não se negou a receber a intimação – apenas pediu ao oficial de justiça que esperasse até o final da sessão.
Ainda houve, no dia seguinte, uma nova ordem de prisão, do então presidente do TJ, desembargador José Fernandes de Holanda Ferreira, que não teve consequências práticas.
Claro que são situações absolutamente distintas – a dele e a do deputado Daniel Silveira -, mas que demonstram o poder do colegiado parlamentar na defesa de um dos seus.
Fonte – Blog do Ricardo Mota