A Operação Contenção, realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, cumpriu 20 dos 100 mandados de prisão que motivaram a ação. Outras 15 pessoas que eram alvos das ordens judiciais foram mortas durante o confronto. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (31) pela Secretaria de Segurança Pública e pela Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro.
No total, 113 pessoas foram presas. De acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, as demais prisões ocorreram em flagrante e foram mantidas após audiências de custódia.
O principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, segue foragido. Ele é apontado como o maior chefe do Comando Vermelho ainda em liberdade.
Entre os detidos está o operador financeiro de Doca. Segundo o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, a prisão dele, aliada à apreensão de HDs e outros materiais, deve contribuir para o avanço das investigações sobre o esquema de lavagem de dinheiro da facção.
Operação mais letal da história do estado
Com um efetivo de 2,5 mil policiais, a Operação Contenção é considerada a maior já realizada no Rio de Janeiro — e também a mais letal. O governo estadual reconhece 121 mortos, sendo quatro policiais, mas organizações da sociedade civil afirmam que o número de vítimas já ultrapassa 130.
A ação tinha como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho e cumprir 180 mandados de busca e apreensão e 100 de prisão, dos quais 30 foram expedidos pelo estado do Pará. Entre esses, cinco suspeitos foram presos, 15 morreram e outros dez permanecem foragidos.
Identificação das vítimas
Segundo o secretário Felipe Curi, das 121 pessoas mortas, 99 já foram identificadas. Dessas, 78 tinham histórico criminal e 42 possuíam mandados de prisão pendentes, embora ainda não haja confirmação se essas ordens estavam relacionadas à atual operação.
A identificação tem sido dificultada porque muitas vítimas são de outros estados. Até o momento, 40 pessoas identificadas são oriundas de regiões como Pará, Amazonas, Bahia, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso e Espírito Santo.
O policiamento nas comunidades do Complexo do Alemão e da Penha segue reforçado, segundo o governo do estado.













