As eleições estaduais de Alagoas tem se caracterizado pela disputa de duas forças – governo e oposição – tanto na majoritária quanto na proporcional.
Em 2018 foi assim. Os grupos de Renan Filho e Arthur Lira fizeram Senado, governo Câmara Federal e 23 das 27 vagas de deputado estadual.
Em 2014 não foi muito diferente. Os mesmos grupos dividiram quase todo o bolo. Com exceção de uma chapa apoiada pelo então governador Teo Vilela que conseguiu eleger um federal e três estaduais.
A exceção nessas duas eleições foi a participação do “mago das coligações” de Alagoas. Adeilson Bezerra conseguiu, pelo PRTB, em 2014 fazer um federal e quatro estaduais. Em 2018 foram mais quatro estaduais e um suplente de federal bem posicionado.
As coligações montadas pelo “mago” tem sido as únicas que escapam do poder gravitacional das duas principais forças políticas.
E para quem é do ramo, prepare-se. O mago está de volta. E deste já. Faltando pouco mais de um ano e meio para as eleições, Bezerra já começou a “conversar”.
Nos últimos dias, Adeilson recebeu ao menos seis dirigentes nacionais de partidos políticos. Foram conversas, na Barra de São Miguel, em clima descontraído, mas com um foco em projetos para montar uma chapa completa.
“Tem espaço para montar uma chapa majoritária e proporcional, mas nosso foco é montar um grupo para federal e outro para estadual”, aponta Bezerra.
Sobre o encontro com os dirigentes partidários, Adeilson desconversa. “Vamos pensar num modelo, como fizemos em outras eleições. A partir daí vamos formar um grupo, com pessoas com o mesmo potencial. Acredito que vamos conseguir montar uma chapa viável de federal e outra de estadual”, adianta.
No momento Bezerra trabalha com as regras do jogo. As chapas serão montadas apenas num partido, como ocorreu em 2020. Tudo pode mudar se o Congresso Nacional aprovar a volta das coligações. Mas essa é outra história.
Fonte – Blog do Edivaldo Júnior