O ataque de Jair Bolsonaro contra a ex-presidenta Dilma Rousseff nesta segunda-feira (28), quanto o atual mandatário questionou o fato de sua antecessora ter sido torturada durante a Ditadura Militar (1964-1985), gerou várias reações de repúdio, entre elas a de Luiz Inácio Lula da Silva.
Em mensagem publicada em sua conta de Twitter, o líder histórico do PT também defendeu sua ex-ministra e sucessora na Presidência da República.
“O Brasil perde um pouco de sua humanidade a cada vez que Jair Bolsonaro abre a boca. Minha solidariedade à presidenta Dilma Rousseff, mulher detentora de uma coragem que Bolsonaro, um homem sem valor, jamais conhecerá”, declarou Lula.
A polêmica começou quando Bolsonaro questionou o fato de Dilma ter sido torturada. “Dizem que a Dilma foi torturada e fraturaram a mandíbula dela. Traz o raio-X para a gente ver o calo ósseo. Olha que eu não sou médico, mas até hoje estou aguardando o raio X”, declarou, em encontro com apoiadores na manhã desta segunda-feira (28).
A própria Dilma reagiu à polêmica, em uma nota na qual qualifica o atual mandatário como “um sociopata, que não se sensibiliza diante da dor de outros seres humanos, e não merece a confiança do povo brasileiro (…) Bolsonaro não respeita a vida, é defensor da tortura e dos torturadores, é insensível diante da morte e da doença, como tem demonstrado em face dos quase 200 mil mortos causados pela Covid-19 que, aliás, se recusa a combater”.
O ataque de Bolsonaro a Dilma despertou a solidariedade de várias figuras da política, até mesmo de adversários históricos do PT, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB: “Minha solidariedade à ex Pr Dilma Rousseff. Brincar com a tortura dela – ou de qualquer pessoa – é inaceitável. Concorde-se ou não com as atitudes políticas das vítimas. Passa dos limites”.
Fonte – Jornal de Alagoas