A Justiça de Alagoas decidiu manter a prisão de Jean Lopes Morais de Souza, acusado de assassinar a facadas a babá Inaianne da Costa Silva, de 27 anos, em Maceió. A decisão foi tomada nesta terça-feira (14), durante audiência de custódia, quando a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva.
Na decisão, o juiz destacou a gravidade do crime e o descumprimento de medidas judiciais anteriores.
“Entendo que a prisão preventiva se faz necessária para a garantia da ordem pública, ante a extrema gravidade da conduta e pelo descumprimento de medidas judiciais anteriores, sendo insuficientes, no presente caso, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão”, diz trecho da decisão.
Inaianne havia sido contratada há cerca de cinco dias para cuidar dos filhos de Jean e de sua ex-companheira — proprietária da residência onde ocorreu o crime. Ela foi morta nas primeiras horas da segunda-feira (13). A principal linha de investigação aponta que o homicídio pode ter sido motivado por retaliação.
O suspeito, de 32 anos, foi preso poucas horas depois, na casa da mãe, no bairro Antares. Segundo o delegado Emanuel Rodrigues, responsável pelo caso, Jean não aceitava o fim do relacionamento de 13 anos, encerrado há três meses. A ex-companheira já havia registrado boletim de ocorrência contra ele e possuía medida protetiva concedida pela Justiça.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o homem chega à casa usando capacete e macacão, conversando com a babá, que segurava uma mamadeira. Em seguida, ele entra em um dos cômodos e, logo depois, as imagens mostram Inaianne sendo derrubada e esfaqueada diversas vezes. Mesmo ferida, ela tenta se defender e chega a pedir ajuda em casas vizinhas, mas não resiste aos ferimentos.
Em depoimento à polícia, Jean alegou ter agido em legítima defesa, afirmando que a babá teria partido para cima dele e se recusado a entregar as crianças. No entanto, as imagens desmentem essa versão — em nenhum momento Inaianne aparece com uma faca, apenas com a mamadeira nas mãos.
A prisão preventiva do acusado foi mantida para garantir a ordem pública e evitar nova prática criminosa. O caso segue sob investigação da Polícia Civil de Alagoas.