O Tribunal do Júri da 9ª Vara Criminal da Capital condenou cinco acusados pelo homicídio de Daniel Vinícius Seixas da Nóbrega, ocorrido em 15 de julho de 2023, no bairro Jacintinho, em Maceió.
Os jurados entenderam que o crime foi praticado por motivo torpe, com uso de meio cruel e em circunstâncias que dificultaram a defesa da vítima.
As penas foram definidas pelo juiz Geraldo Cavalcante Amorim, titular da 9ª Vara e presidente do julgamento, que também manteve a prisão dos cinco e determinou o início do cumprimento da pena em regime fechado.
Ewerton Dyego Oliveira da Silva e Josiel Ferreira dos Santos foram condenados a 24 anos e 6 meses de reclusão. Maxwell Muller da Silva Santos, Luan Matheus de Almeida Santos e José Lucas de Almeida Santos tiveram a pena definida em 28 anos de reclusão.
Conforme os autos, a vítima foi morta com disparos de arma de fogo e golpes de arma branca, ao sair da casa da namorada.
A motivação, segundo a denúncia, envolveu disputas entre facções criminosas rivais atuantes no tráfico de drogas no Vale do Reginaldo e no Jacintinho.
No processo, há relatos de que Daniel tinha envolvimento com uma facção, mas também que teria virado alvo apenas por desagradar a facção dominante no Jacintinho por comprar drogas no Reginaldo.
Durante o julgamento, os familiares da vítima relataram os impactos emocionais da perda. A mãe da vítima, que é policial militar, relatou que teve que se mudar da casa, pois tinha muitas lembranças da vítima naquela casa, que se afastou do trabalho e iniciou tratamento psiquiátrico.
O pai da vítima contou que desenvolveu síndrome do pânico após o assassinato do filho. Já a namorada de Daniel na época teve uma gravidez de risco como consequência emocional do trauma.
Ao fazer o cálculo da pena, o juiz destacou as consequências do delito: “Não fosse suficiente todo o extraordinário sofrimento para os familiares da vítima, ainda foi revelado que a vítima deixou uma criança órfã”, pontuou Geraldo Amorim.
Fonte – Jornal Extra de Alagoas