A porta-voz do governo israelense, Shosh Bedrosian, anunciou nesta quinta-feira (9/10) que um cessar-fogo entre Israel e o Hamas deve começar dentro de 24 horas. A medida está condicionada à reunião do gabinete israelense, que discutirá os termos da libertação dos reféns e realizará uma votação sobre o acordo.
Durante coletiva de imprensa, Bedrosian informou que Israel assinou, no Egito, o rascunho final do acordo que estabelece os termos do cessar-fogo. A assinatura ocorreu na manhã desta quinta-feira, marcando um passo importante nas negociações de paz.
Segundo a porta-voz, após o início do cessar-fogo, terá início um novo prazo de 72 horas. Esse período será dedicado à troca de prisioneiros: a libertação de reféns israelenses em troca da soltura de prisioneiros palestinos.
A expectativa é que o acordo, mediado com o apoio do Egito, contribua para a diminuição da tensão na Faixa de Gaza, que tem sido palco de intensos confrontos nas últimas semanas.
Com essa medida, o governo israelense sinaliza disposição para avançar nas negociações e buscar soluções diplomáticas para a crise humanitária e política que atinge a região.
Cessar-fogo
- O anúncio de cessar-fogo entre o Hamas e Israel foi feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nessa quarta-feira (8/10).
- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, celebrou o acordo e falou brevemente sobre a votação: “Com a ajuda de Deus, traremos todos para casa. Um grande dia para Israel. Amanhã, convencerei o governo a aprovar o acordo e a trazer todos os nossos queridos reféns para casa”.
- Segundo Trump, países da região devem participar da reconstrução. “Eles têm uma riqueza enorme e querem ver isso acontecer. Acreditamos que Gaza será um lugar muito mais seguro e próspero”, afirmou.
Segundo a porta-voz Shosh Bedrosian, após a conclusão das trocas de prisioneiros e reféns, as forças israelenses irão se retirar da Faixa de Gaza. Apesar da retirada, Israel continuará mantendo o controle de aproximadamente 53% do território.
A reunião do gabinete israelense, mencionada por Bedrosian, foi marcada para esta quinta-feira às 15h (12h no horário de Brasília). O encontro tem como foco principal a discussão sobre o “plano para a libertação de todos os reféns israelenses”, conforme informou o próprio governo.
Além da questão dos reféns, o gabinete também irá deliberar sobre os termos do cessar-fogo com o Hamas. A imprensa internacional acompanha atentamente os desdobramentos, uma vez que o acordo pode representar um ponto de virada no conflito.
Enquanto isso, hospitais em Israel já se organizam para receber os reféns libertados. Aqueles que necessitarem de atendimento médico imediato serão encaminhados ao Centro Médico Universitário Soroka, em Beersheba, ou ao Centro Médico Barzilai, em Ashkelon — os mais próximos da região de Gaza.
A mobilização hospitalar faz parte do esforço logístico das autoridades israelenses para garantir cuidados rápidos e adequados aos libertados, especialmente diante da possibilidade de condições físicas ou psicológicas delicadas após o cativeiro.