O empresário Marco Aurélio Sumam, de 38 anos, é uma das vítimas que faleceram após ingerir bebidas alcoólicas adulteradas com metanol no estado de São Paulo. Ele morreu em 18 de setembro, após quase três semanas internado.
Marco Aurélio deu entrada em um hospital em São Bernardo do Campo, na região metropolitana, após passar mal em Itu (SP) no dia 28 de agosto, com sintomas como confusão mental, dificuldade para respirar e falar. A suspeita de intoxicação por metanol foi confirmada em relatório médico, sendo que sua esposa relatou à Polícia Civil ter notado um “odor característico de álcool” no hálito do marido.
Outra vítima fatal identificada é o advogado Marcelo Macedo Lombardi, de 45 anos, que morreu no Hospital São Bernardo em 28 de setembro. Registros policiais indicam que ele começou a sentir sonolência, visão turva, náuseas e vômitos dois dias antes, evoluindo para falência múltipla de órgãos.
O crescente número de casos levantou um alerta das autoridades sanitárias e policiais. A Polícia Civil está investigando uma possível rede de adulteração de bebidas alcoólicas vendidas como gim, vodca e uísque. A principal hipótese é que criminosos estejam usando metanol — um solvente industrial altamente tóxico — para reduzir os custos da produção clandestina.
Até o momento, além de Marco Aurélio Sumam e Marcelo Lombardi, outras quatro pessoas morreram sob suspeita de terem ingerido as bebidas adulteradas. Pelo menos seis vítimas continuam internadas em hospitais, algumas em estado grave, com complicações como falência renal e danos neurológicos.