O Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira (27) em alta de 0,55%, aos 146.969,10 pontos, registrando o maior fechamento de sua história. O recorde anterior havia sido em 24 de setembro, quando o índice terminou o dia em 146.491,75 pontos. O desempenho positivo do mercado foi impulsionado pela repercussão do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que discutiram avanços nas negociações comerciais entre os dois países.
Enquanto isso, o dólar à vista recuou 0,42%, cotado a R$ 5,3706 na venda.
A reunião entre os dois líderes ocorreu no domingo (26), na Malásia, e teve como pauta principal a agenda econômica bilateral. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, Lula pediu a suspensão da tarifa de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros durante o processo de negociação.
Após o encontro, o presidente brasileiro afirmou que Trump “garantiu” disposição para chegar a um acordo comercial. Já o líder norte-americano, ao deixar a Malásia, disse ter tido uma “boa reunião” com Lula, a quem descreveu como “um cara bastante enérgico”, mas ponderou que “ainda é cedo para saber se algo vai acontecer”.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump, não foi mencionado durante as conversas.
O diálogo entre os governos brasileiro e norte-americano ajudou a reduzir tensões diplomáticas recentes, que haviam pressionado o dólar frente ao real nos últimos meses.
No cenário externo, a moeda norte-americana também apresentou queda em relação à maioria das divisas, com investidores à espera da decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa de juros, prevista para quarta-feira (29). Às 14h03, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda em relação a uma cesta de moedas fortes — recuava 0,10%, a 98,850 pontos.
Trump afirmou ainda que os Estados Unidos estão próximos de um novo acordo comercial com a China e que deve se reunir nesta semana com o presidente Xi Jinping, na Coreia do Sul.
Durante a manhã, o Banco Central do Brasil realizou duas operações simultâneas conhecidas como “casadão”, vendendo US$ 1 bilhão no mercado à vista e adquirindo o mesmo valor em contratos de swap cambial reverso. A medida tem efeito neutro sobre a exposição cambial, mas melhora a liquidez do mercado.
Além disso, às 11h30, o BC promoveu leilão para rolagem de 49 mil contratos de swap cambial tradicional, referentes ao vencimento de 3 de novembro.













