Os governadores estão cientes da possibilidade de que falte vacina contra a Covid-19 nos estados pelos próximos dias e esperam que a Campanha Nacional de Imunização demore pelo menos três meses para engrenar. Na avaliação do governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que tem liderado as discussões sobre o calendário de vacinação, vai ser nesse momento que o país terá melhor capacidade de vacinação. O governador Renan Filho lembrou que é preciso ter a produção doméstica da vacina para que a campanha alcance a população em massa, o que deve levar alguns meses.
Renan observa, no entanto, que a vacinação nos primeiros grupos de risco, principalmente nos idosos, já promoverá uma redução nas internações e casos graves da covid-19. Alagoas recebeu 87.760 doses da CoronaVac nesta segunda-feira, 18. Inicialmente, a previsão era para 71.080 doses da vacina. Os profissionais da saúde e que atuam na linha de frente da assistência ao paciente infectado pelo novo coronavírus serão os primeiros a terem acesso ao imunizante.
O Brasil poderá contar com pelo menos mais 6 milhões de doses. São as 4 milhões que o Instituto Butantan, responsável pela produção da Coronavac, garantiu entregar, além de 2 milhões da vacina de Oxford que vêm da Índia, ainda sem data para chegar ao país. Além dessas doses, o governador destaca que a Fiocruz deve receber insumos.
O país também aguarda a chegada da matéria-prima para iniciar a produção do composto. Cada pessoa precisa de duas doses para se imunizar, por isso a demora para a campanha normalizar. Nesta segunda-feira em entrevista ao portal Metrópoles, o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde, Carlos Lula, estimou que as 6 milhões distribuídas a partir dessa segunda (18) para os estados acabem em menos de uma semana.
Fonte – Extra