Foi realizado nesta sexta-feira (7) o sepultamento do ex-deputado estadual Paulo Frateschi, morto pelo próprio filho, Francisco Frateschi, de 34 anos, durante surto psicótico. A cerimônia fúnebre ocorreu no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo, com posterior translado para o Cemitério Memorial Parque Jaraguá.
Durante o velório, Yara Frateschi, filha do ex-parlamentar, dirigiu-se à imprensa para referir-se ao irmão como portador de “doença psíquica”, afirmando que “ele não é um monstro. Ele não sabe o que ele fez. Meu irmão é uma pessoa incrível, e o que aconteceu é uma tragédia que nos destruiu”. A mãe, Yolanda Frateschi, que sofreu lesões durante o ocorrido, compareceu à cerimônia antes de retornar ao hospital para procedimento cirúrgico.
O episódio teve lugar na residência da família na zona oeste paulistana na quinta-feira (6). Conforme registros policiais, o ex-deputado teria sido atingido por golpes de faca na cabeça e no braço. Francisco permanece internado sob custódia policial e acompanhamento médico, sendo mencionado pela família como usuário de drogas ilícitas e em tratamento psiquiátrico.
O evento reuniu personalidades políticas, incluindo o ex-presidente nacional do PT Rui Falcão, o ex-ministro José Dirceu e o atual ministro da Fazenda Fernando Haddad. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira-dama, em atividade em Belém, enviaram manifestações de apoio.
José Dirceu enalteceu a atuação de Frateschi na construção do partido, descrevendo-o como “defensor da democracia” e colaborador das campanhas presidenciais. O PT emitiu nota oficial registrando “profundo pesar” e destacando o legado do ex-parlamentar na defesa de “justiça e inclusão social”.
Paulo Frateschi, que contava 75 anos, exerceu mandato na Assembleia Legislativa paulista entre 1983 e 1987, além de ter presidido a legenda no estado e atuado como secretário de Relações Governamentais na gestão do prefeito Fernando Haddad. A família enfatizou em suas declarações o histórico de adversidades anteriores, incluindo o falecimento de dois filhos em acidentes automobilísticos – um aos sete e outro aos quinze anos – e um acidente grave envolvendo Francisco anos antes.













