O governo dos Estados Unidos se posicionou contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira (4). A condenação foi feita por meio de uma postagem oficial do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental nas redes sociais.
No comunicado, o órgão norte-americano afirmou que Alexandre de Moraes, a quem classificou como “violador de direitos humanos sancionado pelos EUA”, estaria utilizando as instituições brasileiras para “silenciar a oposição e ameaçar a democracia”. A declaração sinaliza um endurecimento do discurso de Washington em relação ao magistrado.
Os norte-americanos criticaram as novas restrições impostas a Bolsonaro, classificando a medida como um obstáculo ao seu direito de defesa pública. “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender em público não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a nota.
Por fim, o texto alerta que os EUA responsabilizarão todos que colaborarem com o que consideram uma “conduta sancionada”. A manifestação representa um gesto incomum de interferência direta na política interna brasileira, acirrando tensões diplomáticas entre os dois países.