A Polícia Civil de Alagoas (PC-AL) apreendeu carros de luxo, joias, celulares e escrituras de imóveis durante a Operação Oplatek, que apontou o esquema que desviou cerca de R$ 7,5 milhões e beneficiou 7 membros da mesma família. Dois sargentos da Polícia Militar e uma agente da Polícia Civil, a escrivã que era responsável pelo desvio.
De acordo com a investigação, o crime acontecia desde 2014. A escrivã era concursada e fazia o lançamento final dos benefícios de ticket alimentação dos colegas de trabalho na corporação. Com a modernização dos sistemas da Polícia Civil e da Secretaria da Fazenda do Estado, a fraude foi identificada com o cruzamento de dados.
A escrivã recebia aproximadamente R$ 6 mil líquidos por mês e R$ 800 de alimentação. Com o cálculo, foi possível identificar que, dividindo o total de R$ 7,5 milhões pela quantidade de meses, a retirada era de, em média, R$ 62,5 mil por mês, mais de 10 vezes maior que o salário da servidora. A servidora está afastada das suas funções na Delegacia-Geral após a prisão.
Ainda de acordo com as autoridades, os mandados contra a família foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Os suspeitos residem em Maceió e Colônia Leopoldina e irão responder pelos crimes de organização criminosa, pecultao, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistema de informação. As penas podem ultrapassar 44 anos de prisão.
