No dia 2 de setembro começará o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete aliados acusados de participação em uma trama golpista para tentar reverter o resultado das eleições de 2022. A sessão será aberta às 9h pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, e terá como primeiro passo a leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. O rito deve se estender por até cinco dias.
Os réus respondem a acusações graves, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Entre os acusados estão, além de Bolsonaro, Mauro Cid, Walter Braga Netto, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Almir Garnier e Alexandre Ramagem, que teve parte das acusações suspensas por ser deputado federal.
Após a leitura do relatório, a acusação será feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que terá até uma hora para sustentar a condenação dos réus. Em seguida, os advogados de defesa também terão o mesmo tempo para suas sustentações orais. O primeiro a votar será Alexandre de Moraes, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, Cristiano Zanin. A decisão será definida pela maioria de três dos cinco ministros.
Caso haja condenação, a prisão dos réus não será imediata e dependerá da análise de recursos. Além disso, por serem militares ou autoridades, muitos deles têm direito à prisão especial, o que os impediria de cumprir pena em presídios comuns. O julgamento é considerado um dos mais relevantes da história recente do Supremo Tribunal Federal, pois envolve diretamente o ex-presidente da República e altos integrantes de seu governo.













