Os proprietários da empresa Copape, principais alvos da megaoperação deflagrada nesta quinta-feira (28), são investigados por suspeita de espionagem corporativa no setor de combustíveis. Segundo as apurações, o grupo teria montado um esquema bilionário de fraudes e lavagem de dinheiro, utilizando policiais, campanas e grampos telefônicos para monitorar executivos da concorrente Raízen.
As investigações sobre a Copape começaram após a apreensão de mensagens trocadas em celulares de empresários ligados à empresa. Suspeita de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), a companhia registrou um crescimento expressivo na produção e distribuição de combustíveis durante a pandemia e disputa o mercado com grandes concorrentes, como a Raízen, controlada pelo bilionário Rubens Ometto.
No decorrer das apurações, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) cancelou a licença da Copape. A empresa ainda recorreu à Justiça de São Paulo com pedido de recuperação judicial, incluindo tentativa de suspender a decisão da ANP, mas foi derrotada em ambas as tentativas.
Na quinta-feira (28), a Copape e seus donos foram alvos de uma ação da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público de São Paulo, na Operação Carbono Oculto. A investigação apura uma suposta sonegação de R$ 7,6 bilhões, além de um complexo esquema de lavagem de dinheiro envolvendo fundos administrados por grandes empresas da Faria Lima.








 
			 
			




