Na manhã deste domingo (21), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue para Nova York, onde marcará presença na 80ª Assembleia Geral da ONU, prevista para ocorrer entre segunda (22) e quarta-feira (24).
Mantendo a tradição, o Brasil será o primeiro país a discursar na 80ª Assembleia Geral da ONU, na manhã de terça-feira (23), seguido pelos Estados Unidos. De acordo com apuração da CNN, o presidente Lula centrará sua fala na defesa da soberania nacional, da democracia e do multilateralismo.
O tema desta edição do encontro é “Melhor Juntos: 80 anos e mais pela paz, desenvolvimento e direitos humanos”.
O presidente Lula embarca para os Estados Unidos em meio a recentes tensões diplomáticas com Washington, decorrentes de tarifas e sanções aplicadas durante a administração de Donald Trump.
Desde 6 de agosto, produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos estão sujeitos a uma tarifa de 50%. Além disso, a administração Trump incluiu o ministro do STF Alexandre de Moraes na lista de sanções da Lei Magnitsky, que restringe financeiramente indivíduos considerados violadores dos direitos humanos globalmente.
O governo Trump tem justificado tanto as tarifas quanto as sanções individuais, em parte, pela situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), recentemente condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado, processo no qual Alexandre de Moraes atua como relator.
Desde que Donald Trump retornou à presidência dos Estados Unidos, esta será a primeira ocasião em que ele e Lula estarão no mesmo evento. Fontes do governo brasileiro afirmam, porém, que não há previsão de encontro reservado entre os líderes.
Até o momento, nem Lula convidou Trump, nem o republicano estendeu convite ao presidente brasileiro, de acordo com informações de diplomatas e da equipe que organiza a agenda do petista nos EUA.