O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) respondeu ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmando que sua permanência nos Estados Unidos não foi escolha pessoal, mas resultado de coação e da falta de respeito às prerrogativas parlamentares no Brasil. Em publicação no X, disse ter sido obrigado a ficar no exterior porque “a instituição a que pertenço não consegue garantir meus direitos e liberdades contra o regime de exceção”.
Eduardo afirmou que Motta estaria ciente da situação e também sofreria ameaças, alegando que parentes do presidente da Câmara teriam sido usados como “reféns” para impedir a anistia. Cobrou que, caso Motta não possa garantir suas prerrogativas constitucionais, permita ao menos o exercício remoto do mandato. Ele questionou se o colega “entregará seu mandato ao regime” ou admitirá estar coagido por um “tirano psicopata”, referência ao ministro Alexandre de Moraes, a quem prometeu enfrentar.
Motta reagiu dizendo que a estadia de Eduardo nos EUA é “incompatível com o exercício parlamentar” e que não há previsão regimental para mandato à distância. Em entrevista à GloboNews, afirmou que discordar do STF é legítimo, mas acusou o deputado de atuar contra o país e prejudicar a economia. Rejeitou anistia ampla para envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, defendendo apenas revisão de penas consideradas excessivas, e disse que pautas não devem ser negociadas sob chantagem.