A Justiça de Alagoas aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPAL) contra Maurício Anchieta de Souza e Geralda Anchieta, proprietários da clínica de reabilitação Luz e Vida, em Marechal Deodoro. Com isso, o casal passa à condição de réu e terá prazo legal para apresentar defesa.
Eles são acusados de tortura, maus-tratos e abusos sexuais contra pacientes internados na unidade. Segundo investigações da Polícia Civil, internos relataram agressões físicas e verbais recorrentes, além de práticas degradantes. Uma vítima afirmou ter sido obrigada a manter relações sexuais semanais com Maurício Anchieta.
A clínica foi interditada em 25 de agosto, após o corpo da esteticista Cláudia Pollyane Faria de Santa’Anna, de 41 anos, ser encontrado nas dependências, com hematomas e sinais de violência. Durante a operação, agentes da Polícia Civil, do Instituto de Criminalística (IC), da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros encontraram sangue nas paredes de um quarto chamado pelos pacientes de “quarto do castigo”.
Maurício foi preso três dias após o crime, em um motel no bairro de Jacarecica, em Maceió. Sua esposa, Geralda, havia sido detida dias antes, acusada de abuso sexual contra uma adolescente de 16 anos internada na clínica. O homicídio de Cláudia Pollyane segue investigado em inquérito separado. Agora, a Justiça avalia as novas denúncias de pacientes, ampliando as acusações contra os responsáveis pela instituição.













