O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sete outros réus por uma suposta tentativa de golpe volta a ser analisado nesta quinta-feira (11) pela Primeira Turma do STF, a partir das 14h. Nesta fase, os holofotes se voltam para a ministra Cármen Lúcia e para Cristiano Zanin, presidente do colegiado, que vão registrar seus votos.
A sessão foi marcada como extraordinária, já que não fazia parte do calendário oficial da Corte para a Ação Penal 2.668, responsável por investigar a trama. A convocação veio do relator, ministro Alexandre de Moraes, prevendo que os debates poderiam se estender.
A retomada acontece depois de um dia histórico na quarta-feira (10), quando o voto do ministro Luiz Fux durou mais de 12 horas, deixando a sessão marcada na memória do tribunal.
No julgamento, a primeira manifestação foi do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que apresentou a acusação. Em seguida, os advogados dos réus expuseram as alegações finais em resposta às acusações.
Depois, o relator da Ação Penal 2.668, ministro Alexandre de Moraes, apresentou seu voto, seguido pelos ministros Flávio Dino e Luiz Fux. Agora, aguardam-se os votos da ministra Cármen Lúcia e do presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin. Caso a condenação seja confirmada, a próxima etapa será a dosimetria, que definirá as penas de cada réu.
O voto do ministro Luiz Fux chamou atenção por suas divergências em relação ao relator da ação, Alexandre de Moraes, e ao ministro Flávio Dino, que abriram a sequência de votações na Primeira Turma.
A postura de Fux, de se posicionar de forma contrária aos colegas, não surpreendeu: ao longo do processo, ele já havia indicado que tinha interpretações diferentes sobre determinados pontos do caso.