Após uma série de queixas sobre o atendimento precário em uma agência bancária na Rua do Sol, no Centro de Maceió, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) e o Procon Maceió realizaram uma fiscalização no local nesta quarta-feira (11). Os relatos que chegaram aos órgãos apontavam filas formadas ainda do lado de fora da unidade, demora extrema no atendimento, além da ausência de condições mínimas para idosos e pessoas com deficiência.
Quando chegaram ao local, os fiscais encontraram a agência funcionando parcialmente devido à falta de energia elétrica desde as 9h da manhã. Mesmo com os serviços interrompidos, nenhum aviso foi fornecido aos clientes que esperavam por atendimento, o que provocou aglomeração na calçada. O fornecimento só foi normalizado após contato direto da equipe com a concessionária Equatorial.
Dentro da agência, a estrutura também era insuficiente. Dos três caixas disponíveis, apenas um funcionava normalmente. Outro estava sem bobina e o terceiro operava apenas por meio digital. Havia apenas uma funcionária disponível para orientar os clientes — cenário especialmente problemático para o público idoso.
A diretora do Procon Maceió, Cecília Wanderley de Almeida, destacou que essa agência já havia sido alvo de autuação anterior e que os problemas persistem mesmo após audiência com representantes do banco. “O atendimento continua desrespeitando os direitos do consumidor. Muitos clientes sequer conseguem acessar os serviços por falta de orientação adequada ou estrutura física”, afirmou.
Os órgãos vão elaborar um relatório completo sobre a fiscalização e não descartam ações administrativas e judiciais caso a instituição não se adeque. A agência está sujeita a penalidades com base na Lei Municipal nº 5.516/2006, que estabelece limites para o tempo de espera em agências bancárias na capital alagoana.