A rejeição ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cresceu nos últimos meses e atingiu 41% em outubro, conforme aponta a mais recente pesquisa Genial/Quaest. Desde janeiro, o índice de rejeição do governador subiu nove pontos percentuais, demonstrando um desgaste crescente de sua imagem no cenário nacional.
Os dados foram levantados entre os dias 2 e 5 de outubro, em entrevistas com 2.004 pessoas com 16 anos ou mais de todas as regiões do Brasil. É importante destacar que o levantamento foi feito antes da recente declaração polêmica de Tarcísio sobre as mortes por intoxicação por metanol em São Paulo, o que pode impactar ainda mais negativamente sua avaliação.
Ao longo de 2025, os números mostram um aumento gradual na rejeição: começou com 32% em janeiro e março, subiu para 33% em maio, saltou para 39% em agosto, depois 40% em setembro, chegando agora a 41% em outubro. O crescimento contínuo sugere um desafio cada vez maior para o governador caso confirme sua candidatura à presidência em 2026.
Apesar da rejeição em alta, Tarcísio ainda mantém algum potencial eleitoral. Em outubro, 26% dos entrevistados afirmaram que o conhecem e votariam nele, segundo o mesmo levantamento da Quaest. No entanto, 33% ainda declararam não conhecer o governador, o que mostra que sua imagem ainda tem espaço para crescer – ou cair – conforme se aproxime o pleito.
Outros nomes também foram avaliados na pesquisa quanto ao grau de conhecimento e intenção de voto, posicionando Tarcísio como uma liderança em ascensão, porém enfrentando resistência significativa entre o eleitorado. A depender da repercussão de suas declarações e da gestão estadual, seu caminho até 2026 pode se tornar ainda mais desafiador.
Tarcísio e polêmica com metanol
Divulgado poucos dias após uma declaração controversa do governador Tarcísio de Freitas, o resultado da pesquisa Genial/Quaest coincidiu com um momento de forte repercussão negativa nas redes sociais. A fala do governador ocorreu em meio ao aumento de casos de intoxicação por bebidas adulteradas em São Paulo, o que agravou ainda mais a percepção pública sobre sua postura diante da crise.
Durante entrevista, ao ser questionado sobre a morte de duas pessoas — número que mais tarde subiria para 20 — Tarcísio minimizou a situação ao afirmar: “No dia que começarem a falsificar Coca-Cola, eu vou me preocupar.” A resposta gerou críticas intensas por parte da oposição e de parcela significativa da população, que considerou a declaração insensível e desrespeitosa diante das vítimas e de seus familiares.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre os dias 2 e 5 de outubro, em todo o país. Com margem de erro de 2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%, os dados reforçam o crescimento da rejeição ao governador, que já vinha sendo observado ao longo do ano e pode ter sido impulsionado por episódios como este.