O corpo do piloto australiano Timothy James Clark, de 46 anos, continua no Instituto Médico Legal de Maceió oito dias após a queda do monomotor que transportava 195 kg de cocaína em Coruripe (AL). Apesar da identificação oficial, familiares ou representantes legais ainda não se apresentaram para solicitar a liberação, o que pode levar ao sepultamento como indigente caso não haja manifestação em até 30 dias.
O pai do piloto, Ray Clark, declarou ao jornal britânico Daily Mail que soube da morte do filho pela imprensa e que acreditava que ele vivia na África do Sul. Ele não confirmou se tomará providências para o traslado do corpo. Uma amiga próxima relatou ter alertado autoridades australianas sobre o desaparecimento de Timothy desde março, mas disse não ter recebido retorno das instituições consultadas.
Segundo essa amiga, Clark poderia ter sido envolvido em um esquema de tráfico internacional sem plena consciência dos riscos. Ela contou que procurou a Polícia Federal Australiana e o Departamento de Relações Exteriores, pedindo ajuda para localizar o piloto e preservar seus bens pessoais na África do Sul, mas não obteve sucesso.
Clark, que usava o apelido The Broker em redes online, atuou por anos em empresas de investimento e já trabalhou na aviação regional da Tasmânia. No dia 14 de setembro, o avião caiu em um canavial em Coruripe. O corpo foi encontrado entre os destroços e identificado por documentos. A carga de cocaína estava embalada com logotipos falsos da SpaceX. O caso é investigado pelo SERIPA II e pela Justiça Federal.
*com informações do Cada Minuto