As gestantes que residem em União dos Palmares e em outros 11 municípios atendidos pela Maternidade do Hospital São Vicente de Paulo estão sem receber atendimento devido à paralisação dos médicos que atuam na unidade de saúde, nesta quarta-feira (22). A categoria cobra o pagamento dos salários atrasados, que deveria ser realizado pelo Governo do Estado, de acordo com o Termo de Cooperação assinado pelo ex-secretário Alexandre Ayres e o ex-governador Renan Filho.
Conforme a diretora do hospital, Paula Lima, a unidade chegou a cogitar o fechamento, porém, após a reunião com o governo, decidiu manter o funcionamento. No entanto, as promessas feitas pela antiga gestão não foram cumpridas, culminando na paralisação dos médicos nesta quarta-feira.
“Tínhamos comunicado à região que iríamos encerrar as atividades, porque não havia mais condições de manter o hospital, por falta de recursos. Em conversa com líderes, no entanto, eles decidiram manter a maternidade aberta, assinando o Termo de Cooperação, se comprometendo a assumir os pagamentos dos médicos. Segundo o acordo, a partir de abril, esses pagamentos seriam de responsabilidade do Estado, mas isso não foi feito e, desde então, a gente vem nessa luta na Sesau”, disse.
A diretora afirma que os meses de janeiro e fevereiro foram pagos, já os meses de abril e maio, que seriam custeados pela Sesau, não foram repassados à categoria até então.
“O secretário atual tem tentado nos ajudar, mas os pagamentos de abril e maio não foram feitos; são dois meses em atraso. Em decorrência de tantas promessas, a gestão perdeu as forças de continuar. Eles (médicos) estão no direito deles, todos os outros funcionários receberam e eles não. Hoje, eles estão paralisando os serviços até que a situação se regularize”, ressalta.
Apesar da paralisação, o hospital filantrópico continua aberto, com os atendimentos ambulatoriais e as demandas particulares. Para os outros serviços, no entanto, os pacientes precisam procurar outras unidades hospitalares.
“Desde o dia 1º de junho, eu fui notificada pelos médicos que eles iriam parar, mas, em negociação com a Sesau, eu consegui que eles ficassem até hoje, porque a Sesau tinha se comprometido a resolver a situação. Como não houve o pagamento, eles decidiram que não iam continuar. Já comuniquei o fato ao Cosems – Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas -, a prefeitura e Sesau”.
Segundo a diretora, a secretaria ficou de tentar uma resolução até a próxima segunda-feira (27).
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Sesau e aguarda um posicionamento acerca do problema.
Fonte – GazetaWeb
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