Maceió enfrentou um junho surpreendente com um volume de chuva 41% maior do que o esperado para o mês. Enquanto a previsão inicial apontava para 323 mm, a capital alagoana acumulou 457 mm de precipitação, tornando este o período mais chuvoso registrado segundo a Norma Climatológica.
A Defesa Civil de Maceió detalhou que, ao longo de junho, foram atendidas 217 ocorrências relacionadas às condições climáticas extremas, elevando para 1.793 o total de chamados nos primeiros seis meses do ano. As principais ocorrências envolveram problemas em estruturas de edificações (545 casos) e riscos de deslizamento de terra (296 casos).
Nos últimos 15 dias, 52 moradores foram desalojados, deixando suas casas por segurança e buscando abrigo em residências de familiares.
Mesmo com o aumento expressivo da chuva, o coordenador-geral da Defesa Civil, Abelardo Nobre, ressaltou que não houve acidentes graves até o momento. “Apesar do volume alto de chuvas e um número expressivo de ocorrências neste primeiro semestre, não tivemos acidentes graves. Isso reflete o impacto do trabalho preventivo e a consciência da população em deixar os locais de risco nos dias de fortes chuvas”, comentou.
O mês de maio também registrou chuvas acima da média, ultrapassando a previsão em 75%, com 1.148 ocorrências atendidas.
Para os próximos dias, a previsão indica céu nublado e pancadas de chuva com intensidade variável nesta segunda-feira (30). Na terça-feira (1), o sol deve aparecer entre nuvens, com possibilidade de chuvas isoladas à noite.
O nível do Rio Mundaú está sendo monitorado de perto pelo Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió (CIMADEC), que até o momento não registra risco de inundação.
A expectativa para julho é de um volume de chuva em torno de 270 mm, e a Defesa Civil mantém suas equipes atentas para garantir a segurança da população.
“Nosso trabalho não para. Todos os dias temos equipes nas ruas, orientando a população e realizando os encaminhamentos necessários para cada caso. Temos a missão de trazer mais segurança para a população e salvar vidas”, reforça Abelardo Nobre.