As chuvas que caíram ao longo de duas semanas em Alagoas deram uma trégua, o que trouxe alívio para alagoanos de cerca de 40 cidades do estado castigadas pelos danos. No entanto, para uma parcela da população, os efeitos colaterais desses dias permanecem. São 17.777 pessoas que ainda estão em abrigos ou em casas de parentes e amigos porque não têm onde ficar.
Dados do boletim diário divulgados pela Defesa Civil de Alagoas desde que foi decretado estado de emergência em 33 municípios apontam para uma tendência de redução no número de pessoas desabrigadas e desalojadas porque perderam suas casas após as chuvas. Mas essa diminuição ainda é tímida.
No ápice do prejuízo, o estado chegou a quase 20 mil pessoas nessa situação. Houve uma redução de cerca de 3 mil desabrigados e desalojados. Ou seja, essa é a quantidade de pessoas que retornaram para as casas após estabilidade do tempo.
Inicialmente, as fortes chuvas atingiram 33 municípios, em sua maioria do Litoral, Região Metropolitana e Zona da Mata, havendo ainda alguns do Agreste alagoano. As cidades ficaram alagadas, barreiras deslizaram e atingiram residências, estradas e pontes cederam, rios transbordaram. Famílias foram levadas para abrigos, como escolas, ou tiveram que se refugiar em casa de familiares.
Seguiu-se assim uma rede de solidariedade. Instituições e sociedade civil doaram, por conta própria, mantimentos e agasalhos. O estado decretou situação de emergência nessas cidades.
Dias depois, outras cidades também foram atingidas pelas chuvas, como Palmeira dos Índios, onde uma mulher morreu soterrada. O filho e o pai do menino conseguiram sair vivos dos escombros.
As cidades mais atingidas, levando em consideração desabrigados e desalojados, conforme dados da Defesa Civil de Alagoas, foram Coruripe, São Miguel dos Campos e Penedo, além de Rio Largo. Atualmente, Coruripe é um dos municípios que ainda não reduziu de forma significativa a quantidade de pessoas que estão fora de suas casas. Continua com 3.936 pessoas acolhidas em escolas e casas de parentes.
Ao todo, quatro pessoas morreram em consequência das chuvas. Além da vítima em Palmeira dos Índios, outras três pessoas morreram em São Miguel dos Campos, Coruripe e Campo Alegre. Elas foram soterradas ou levadas pela correnteza advindas das inundações.
Fonte – GazetaWeb