Ocorreu nesta segunda-feira (13) a sessão especial na Assembleia Legislativa que discutiu a regulamentação do uso do canabidiol, substância extraída da planta cannabis. O encontro foi promovido pelo deputado Lobão (MDB), que citou o atraso do Brasil.
“A gente tem um potencial incrível de poder salvar vidas, mas estamos, por conta de uma legislação atrasada, deixando de salvar vidas, de cuidar de pessoas. Existe o PL 399/2015 no Congresso Nacional, que não consegue avançar, e precisamos que cada estado dê o exemplo de interesse no avanço dessa pauta”, ressaltou o parlamentar.
Médico participante da sessão, Freddy Mundaka citou que a cannabis pode oferecer impactos positivos na saúde, e sem efeitos colaterais, quando prescrita por um médico que conhece o assunto. “O intuito hoje é trazer nossa ciência, nosso conhecimento, em prol da população”.
Entre as condições que podem ser tratadas com a cannabis, o médico cita ansiedade, qualidade do sono, doenças neurodegenerativas, alzheimer, parkinson, dores crônicas, enxaqueca e fibromialgia. “O número é vasto porque responde a um sistema de equilíbrio natural do nosso corpo, que chama-se sistema endocanabinoide”, explica.
Também participou o desembargador Tutmés Airan, coordenador de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça de Alagoas. Para Airan, “é preciso combater as amarras do preconceito e da ignorância, que são a antítese daquilo que propugna o pensamento científico”.
“Eu sou completamente favorável, porque acredito no avanço da ciência, para que o conhecimento seja colocado à serviço das pessoas. Hoje os estudos atestam que ela (a cannabis) pode ajudar e muito no tratamento e até na cura de doenças. Nós precisamos nos valer disso”, argumentou Tutmés Airan.
Fonte – Folha de Alagoas
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