A Câmara dos Deputados suspendeu nesta quinta-feira (6) o pagamento de salários e benefícios da deputada Carla Zambelli (PL-SP), em cumprimento a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ordem foi executada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), e ocorre após a deputada ter sua prisão preventiva decretada e ser condenada a 10 anos de prisão.
O bloqueio inclui salário, verbas de gabinete e qualquer repasse financeiro feito pela Câmara à parlamentar. “A decisão do STF a respeito da parlamentar foi recebida na quarta-feira (4/6) e o bloqueio de valores nela previsto teve o cumprimento determinado pela Presidência”, informou a Casa, por meio do perfil oficial no X (antigo Twitter).
Zambelli deixou o país antes da decisão de Moraes e é considerada foragida. Segundo o STF, sua viagem teve o objetivo de fugir da aplicação da lei. Ela foi incluída na lista vermelha da Interpol, que mobiliza autoridades internacionais para capturar foragidos da Justiça.
A parlamentar foi condenada por participação na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além da prisão e da perda do mandato, Moraes determinou o bloqueio das redes sociais da deputada. Em caso de descumprimento, as plataformas podem ser multadas em até R$ 100 mil por dia.
Mesmo antes do avanço da decisão do STF, Zambelli havia protocolado dois pedidos de licença na Câmara: um de sete dias, por motivo de saúde, e outro de 120 dias, por interesse pessoal. A soma total afasta a deputada por 127 dias, período em que o suplente Coronel Tadeu (PL-SP) assume a vaga.
A localização exata de Zambelli ainda é incerta. Aliados suspeitam que ela esteja nos Estados Unidos, apesar de especulações sobre uma possível ida à Itália.
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