O senador alagoano Renan Calheiros (MDB) voltou a criticar a autoproclamada operação “lava jato” e o possível conluio entre procuradores e o então juiz Sergio Moro. Segundo ele, a operação foi responsável por diversas transgressões, flexibilizações legais e excessos.
“Os excessos encobriram — agora, se sabe, está escancarado — um projeto de poder encabeçado por um verdugo, o ex-juiz Sergio Moro, que retirou um nome competitivo da eleição presidencial sem prova, confundindo o papel de investigador e julgador”, afirmou o parlamentar nesta quarta-feira, 21, durante a sabatina do desembargador Kassio Nunes Marques, indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Relembrando da operação “mãos limpas”, na Itália, Calheiros disse que o Brasil também passou por uma “inquestionável judicialização da política”. Para ele, a medida “colocou em xeque o Estado Democrático de Direito e criou no país um Estado policialesco”. “Na Itália, já sabemos o desfecho e o fim melancólico do juiz Antonio de Prieto”, disse.
De acordo com o senador, Embora veja méritos civilizatórios na operação “lava jato”, da forma como conduzida, transpareceu suas transgressões. Ele citou a relativização da presunção de inocência e disse que a prisão virou regra para forçar um acusado ou investigado de delatar. “Nunca se recorreu tanto à publicidade opressiva e persecutória. (…) Prendeu para delatar e fez tudo que a Constituição não permitia que eventualmente se fizesse!”, disse.
Fonte – Extra