O governo federal começou uma série de exonerações de indicados políticos ligados ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e a parlamentares do PP, PL, PSD e MDB, após a derrota na votação da Medida Provisória (MP) que previa o aumento do IOF e perdeu a validade.
As mudanças atingem principalmente a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Agricultura. Na Caixa, deixaram os cargos Rodrigo Lemos, ex-vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital, e José Trabulo Júnior, consultor da presidência — ambos com vínculos a aliados de Lira e do ex-ministro Ciro Nogueira.
Apesar disso, o governo deve manter Carlos Vieira na presidência da Caixa, nome que teve o aval direto de Lira. Segundo interlocutores do Planalto, o deputado não será afetado diretamente pelas demissões, diferentemente de outros parlamentares da base que votaram contra a MP.
As exonerações foram articuladas pela ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, que afirmou que “quem vota contra o governo não pode manter indicações no governo”.
O movimento também alcançou as superintendências da Agricultura em quatro estados e o DNIT de Roraima, atingindo aliados de Ciro Nogueira, Gilberto Kassab e Helena Lima. Segundo fontes, novas trocas devem ocorrer nas próximas semanas, em um sinal de que o Planalto pretende reagir à infidelidade de parte da base aliada.
Fonte – Cada Minuto / Ricardo Mota