A megaoperação policial que deixou 64 mortos no Rio de Janeiro, nessa terça-feira (28), gerou forte repercussão nas redes sociais e colocou o rapper Oruam, filho de Marcinho VP, no centro de uma polêmica. Após criticar a ação das forças de segurança, o cantor recebeu uma enxurrada de comentários negativos de internautas e autoridades.
Oruam, que afirmou que “a caneta mata mais do que o fuzil” ao se referir às mortes registradas durante a operação, foi duramente atacado pela vereadora paulistana Amanda Vettorazzo, da Câmara Municipal de São Paulo. “Você vai apodrecer na cadeia, seu verme”, escreveu a política, que já havia feito críticas ao artista em outras ocasiões. Em seu perfil no Instagram, ela republicou a troca de mensagens com a legenda: “Prender, matar e nada mais”.
A declaração de Vettorazzo dividiu opiniões. Enquanto alguns apoiaram a vereadora — “Prendam de novo (o Oruam), não adiantou nada!”, comentou um seguidor, em referência à prisão do rapper no fim de julho por associação ao tráfico, tentativa de homicídio qualificada e outras cinco acusações —, outros a criticaram. “Tem alguma história secreta e obscura entre esses dois, não é possível”, reagiu uma internauta. Outra completou: “Gente, essa mulher vive aguardando o Oruam comentar alguma coisa para ganhar mídia em cima. Trabalhar que é bom nada”.
Pelas redes sociais, o cantor foi um dos artistas a se manifestar sobre a operação, considerada a mais letal da capital fluminense. “Minha alma sangra quando a favela chora, porque a favela também tem família. Se tirar o fuzil da mão, existe o ser humano”, escreveu Oruam.
Outros músicos, como MC Poze e Ludmilla, também publicaram mensagens sobre o caso. Aos seguidores do Rio de Janeiro, pediram orações e fizeram um apelo para que permanecessem em casa enquanto a mobilização das forças de segurança continuasse.
A ação reuniu 2,5 mil agentes nos complexos do Alemão e da Penha, e teve reação intensa dos criminosos, que usaram barricadas, drones, bombas e tiroteios. Até o momento, as autoridades confirmaram 81 prisões e o recolhimento de 75 fuzis.













