Preocupado com a grave crise financeira que atinge os Correios, o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) apresentou um requerimento de informações ao Ministro das Comunicações. A iniciativa busca esclarecer as razões que levaram a estatal a sair de um superávit para um déficit recorde, ameaçando a continuidade dos serviços e afetando diretamente os funcionários, que enfrentam atrasos salariais.
Reportagens recentes indicam que os Correios acumulam um passivo bilionário, incluindo um calote de R$ 27 milhões em um fundo de investimentos e uma dívida de R$ 7,6 bilhões com o fundo de pensão dos trabalhadores. Além disso, a estatal deixou de pagar parte dos salários e anunciou o fechamento de 38 unidades em todo o país, o que pode comprometer o acesso a serviços essenciais, especialmente em áreas remotas.
Para o deputado Alfredo Gaspar, a falta de transparência na gestão da estatal é preocupante. “Os Correios desempenham um papel estratégico na logística e na comunicação do país. É inaceitável que a empresa, que recentemente operava com superávit, agora enfrente um risco de insolvência sem que haja uma explicação plausível. Os trabalhadores estão sem receber, unidades estão sendo fechadas, enquanto os gastos com patrocínios aumentam. A sociedade precisa de respostas”, afirmou.
No pedido de informações, o deputado alagoano questiona quais medidas estão sendo adotadas pelo Ministério das Comunicações para reverter a crise enfrentada pela estatal, se há previsão de reestruturação financeira ou aporte do Tesouro, e quais critérios foram utilizados para determinar o fechamento das agências. Ele também solicita explicações sobre a desistência de uma ação judicial de R$ 600 milhões, que poderia viabilizar o pagamento dos funcionários, além da justificativa para o aumento dos gastos com marketing e patrocínios, ampliados pela empresa em meio às dificuldades financeiras.
“A situação dos Correios precisa ser tratada com seriedade e responsabilidade. É fundamental garantir a continuidade dos serviços e proteger os trabalhadores. O governo deve esclarecer quais são seus planos para evitar o colapso da estatal e garantir sua sustentabilidade”, completou.
